terça-feira, 29 de agosto de 2017

A África antes dos europeus


O continente africano caracterizava-se por ser habitado por povos com características bem diversas em relação ao europeu renascentista. Mas, conforme as relações entre esses povos se intensificaram, a partir do século XV, o que se viu, foi a ganância por poder e riquezas verificadas de ambos os lados.
Enquanto as feitorias atendiam à política mercantilista, como fornecedoras de riquezas como o ouro, o marfim e “gente” (escravos), os reis africanos também passaram a se interessar por mercadorias europeias, principalmente armas de fogo, o que levou à permissão da instalação das feitorias.

A escravidão já era praticada na África, ainda que o número de pessoas escravizadas fosse pequeno e mão de obra voltada para a produção agrícola e trabalhos domésticos. Entre os séculos IX e XV, os reinos de Gana, Mali e Songhai exerceram uma dominação sobre seus vizinhos, o que levou a um aumento no número de homens escravizados.

Reino de Gana

Situava-se a oeste do continente africano, na área em que, atualmente, situam-se Mali e o sul da Mauritânia;
O reino floresceu a partir do século III da Era Cristã graças ao comércio que se estabeleceu entre árabes e ganeses;
O ouro era a mais importante riqueza do Reino de Gana.

Reino de Mali

Foi constituído pela atual republica de Mali e algumas regiões dos atuais Senegal e Guiné, o reino no século XIV, expandiram-se por meio da anexação das cidades de Tombuctu, Gao e Djenne;
 A cidade de Tombuctu era o principal centro de cultura no continente africano;
A cidade de Gau criou obstáculos sobre o comercio de Mali;
A cidade de Tombuctu era repleta de cultura (bibliotecas, madrasas (universidades) e magníficas mesquitas. Passou a ser o ponto de encontro de artistas do oriente médio.
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Reino do Congo

Em 1483, momento em que o navegador lusitano Diogo Cão alcançou a foz do rio Zaire, foi encontrado um governo monárquico fortemente estruturado conhecido como Congo.
Fundado por volta do século XIV, esse Estado centralizado dominava a parcela centro-ocidental da África. Nessa região se encontrava um amplo número de províncias onde vários grupos da etnia banto, principalmente os bakongo, ocupavam os territórios. Apesar da feição centralizada, o reino do Congo contava com a presença de administradores locais provenientes de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica.

Apesar da existência destas subdivisões na configuração política do Congo, o rei, conhecido como manicongo, tinha o direito de receber o tributo proveniente de cada uma das províncias dominadas. A principal cidade do reino era Mbanza, onde aconteciam as mais importantes decisões políticas de todo o reinado. Foi nesse mesmo local onde os portugueses entraram em contato com essa diversificada civilização africana. 

A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda. 


Reino de Benin

O Reino de Benin começou a ser formado entre os séculos XII e XIII. A história de sua formação é articulada por um misto de investigações arqueológicas e narrativas mitopoéticas, haja vista que os mitos fundadores da tradição oral de Benin estão associados aos mitos fundadores da cidade de Ifé. Conta-se que Ifé foi fundada por Odudua, um orixá da criação, a mando do deus supremo, Olorum. Benin, por sua vez, teria sido fundado por Oraniã, orixá das profundezas da Terra, filho de Odudua.
A lenda sobre Oraniã ainda faz referência a um suposto filho que ele teve, Eweka, que teria sido o primeiro rei, ou obá, de Benin. O fato é que o Reino de Benin contou, ao longo de sua trajetória, com poderosos obás. No século XV, um desses obás, Ewuare, promoveu intensas reformas no reino, transformando Benin em uma grandiosa potência subsaariana. Data dessa época o relato do contato de navegantes europeus, sobretudo ibéricos e holandeses, com o Reino de Benin.
Um desses navegantes foi o português João Afonso Aveiro, que partiu de Portugal em 1485 e deparou-se com a efervescência de Benin no ano seguinte. João Afonso, à época, regressou a Portugal acompanhado de um representante do obá de Benin. Esse representante, notavelmente culto, foi um dos promotores da articulação econômica, que se tornou intensa nos séculos seguintes, entre o reino de Benin e a monarquia portuguesa. Os principais produtos comercializados por Benin eram pimenta, marfim, tecidos, peças artísticas feitas em bronze e cobre e, principalmente, escravos.

Portugal foi um dos maiores compradores dos escravos vendidos em Benin, que, por sua vez, importava escravos de outras regiões da África, sobretudo do Norte, que era controlado por muçulmanos, para revendê-los aos europeus. 




Reino de Zimbábue

Os Khoisan foram os colonos originais e dominaram a região até a chegada dos bantus, no século IX, que ao longo dos séculos XIII e XIV, criaram o Império Monomotapa, cujo centro está situado nas ruínas de Grande Zimbábue. Quando em 1607 o monarca do Estado concede aos portugueses a exploração do subsolo da área, ela já se encontrava em declínio, que, em um outro tempo, graças às suas minas ouro e ao comércio de escravos chegou a manter um comércio constante com a costa do Oceano Índico.




Comentários dos alunos sobre as consequências da descriminação e exclusão da economia açucareira:

Podemos dizer que a escravidão é uma das principais consequências da exclusão e a discriminação. Como sabemos, os colonizadores consideravam toda a população africana como "inferiores" e "selvagens”. Nenhuma coletividade humana foi mais inferiorizados do que os negros depois do século XV. Durante esse tempo, na Europa, os teólogos debatiam a uma questão um tanto que desumana. Eles questionavam a de os negros possuíam alma. Neste sentido é importante lembrar que, os negros e deus descentes não possuíam direito algum antes da abolição da escravatura. Não somente os escravos negros, mas os que possuíam doenças dentre outros. (Michellim Arruda Proença);

Os Portugueses, tinham interesse em ganhar recompensas, e com isso, começaram a fazer negócio com os líderes dos escravos. As recompensas era armas, especiarias, e principalmente o tecido, entre outros. Os Portugueses tinha um número maior de escravos, por isso se dedicou ao tráfico de escravos.
Havia os escravos domésticos, e os escravos produtivos. E por isso os senhores faziam questão de trocar seus "bens" por escravos. E sempre eles eram tratados como uma raça inferior. Pois trabalhava para os senhores, que era de condições melhores. (Michelly do Rosário Camargo);

A escravidão era uma delas, os colonizadores da época consideravam a população negra inferior à eles, e os julgavam como selvagens, e até hoje sentimos esses reflexos, na nossa desigualdade social. (Pedro Henrique R. Ximenes)

Os portugueses negociam os líderes das tribos e então negociavam suas próprias populações, e a recompensa que recebiam era, armas, tecidos, especiarias e entre outros, com essa negociação houve mais lucros aos portugueses então começaram trazer mais africanos. Todo esse processo fez a sociedade em geral que os africanos fossem julgados como raça inferior. (Thaynara Ramos da Silva).


Imensidade e diversidade são dois termos que aplicam a África

Diversificação do Continente a Africano que se  expandiu pelo mundo

A África possui uma diversidade gigantesca, por exemplo, o artesanato, a capoeira, a culinária, as danças, as religiões. Que se expandiram no século XV com os europeus, através dos "escravos" que foram forçados a deixarem seus países . O tamanho da África não se compara com tanto sofrimento sobre um olhar de uma criança que passa por necessidades diariamente.










Referências

http://cursohumanitas.blogspot.com.br/2012/05/africa-antes-e-depois-do-seculo-xv.html
http://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/reino-de-gana.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/o-reino-congo.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Mali
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/reino-benin.htm
http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/05/historia-do-zimbabue.html
https://www.youtube.com/watch?v=kS9r6BqfcYw


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