O
continente africano caracterizava-se por ser habitado por povos com
características bem diversas em relação ao europeu renascentista. Mas, conforme
as relações entre esses povos se intensificaram, a partir do século XV, o que
se viu, foi a ganância por poder e riquezas verificadas de ambos os lados.
Enquanto
as feitorias atendiam à política mercantilista, como fornecedoras de riquezas
como o ouro, o marfim e “gente” (escravos), os reis africanos também passaram a
se interessar por mercadorias europeias, principalmente armas de fogo, o que
levou à permissão da instalação das feitorias.
A
escravidão já era praticada na África, ainda que o número de pessoas
escravizadas fosse pequeno e mão de obra voltada para a produção agrícola e
trabalhos domésticos. Entre os séculos IX e XV, os reinos de Gana, Mali e
Songhai exerceram uma dominação sobre seus vizinhos, o que levou a um aumento
no número de homens escravizados.
Reino de Gana
Situava-se
a oeste do continente africano, na área em que, atualmente, situam-se Mali e o
sul da Mauritânia;
O
reino floresceu a partir do século III da Era Cristã graças ao comércio que se
estabeleceu entre árabes e ganeses;
O
ouro era a mais importante riqueza do Reino de Gana.
Foi
constituído pela atual republica de Mali e algumas regiões dos atuais Senegal e
Guiné, o reino no século XIV, expandiram-se por meio da anexação das cidades de
Tombuctu, Gao e Djenne;
A
cidade de Tombuctu era o principal centro de cultura no continente africano;
A
cidade de Gau criou obstáculos sobre o comercio de Mali;
A
cidade de Tombuctu era repleta de cultura (bibliotecas, madrasas
(universidades) e magníficas mesquitas. Passou a ser o ponto de encontro de
artistas do oriente médio.
]
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Reino do Congo
Em
1483, momento em que o navegador lusitano Diogo Cão alcançou a foz do rio
Zaire, foi encontrado um governo monárquico fortemente estruturado conhecido
como Congo.
Fundado
por volta do século XIV, esse Estado centralizado dominava a parcela
centro-ocidental da África. Nessa região se encontrava um amplo número de províncias
onde vários grupos da etnia banto, principalmente os bakongo, ocupavam os
territórios. Apesar da feição centralizada, o reino do Congo contava com a
presença de administradores locais provenientes de antigas famílias ou
escolhidos pela própria autoridade monárquica.
Apesar
da existência destas subdivisões na configuração política do Congo, o rei,
conhecido como manicongo, tinha o direito de receber o tributo proveniente de
cada uma das províncias dominadas. A principal cidade do reino era Mbanza, onde
aconteciam as mais importantes decisões políticas de todo o reinado. Foi nesse
mesmo local onde os portugueses entraram em contato com essa diversificada
civilização africana.
A
principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido
comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos
de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo
(trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na
região de Luanda.
Reino de Benin
O Reino
de Benin começou a ser formado entre os séculos XII e XIII. A história de
sua formação é articulada por um misto de investigações arqueológicas e
narrativas mitopoéticas, haja vista que os mitos fundadores da tradição oral de
Benin estão associados aos mitos fundadores da cidade de Ifé. Conta-se que Ifé
foi fundada por Odudua, um orixá da criação, a mando do deus supremo, Olorum.
Benin, por sua vez, teria sido fundado por Oraniã, orixá das profundezas da
Terra, filho de Odudua.
A
lenda sobre Oraniã ainda faz referência a um suposto filho que ele teve, Eweka,
que teria sido o primeiro rei, ou obá, de Benin. O fato é que o Reino de
Benin contou, ao longo de sua trajetória, com poderosos obás. No século XV, um
desses obás, Ewuare, promoveu intensas reformas no reino, transformando Benin
em uma grandiosa potência subsaariana. Data dessa época o relato do contato de
navegantes europeus, sobretudo ibéricos e holandeses, com o Reino de Benin.
Um
desses navegantes foi o português João Afonso Aveiro, que partiu
de Portugal em 1485 e deparou-se com a efervescência de Benin no ano seguinte.
João Afonso, à época, regressou a Portugal acompanhado de um representante do
obá de Benin. Esse representante, notavelmente culto, foi um dos promotores da
articulação econômica, que se tornou intensa nos séculos seguintes, entre o
reino de Benin e a monarquia portuguesa. Os principais produtos comercializados
por Benin eram pimenta, marfim, tecidos, peças artísticas feitas em bronze e
cobre e, principalmente, escravos.
Portugal
foi um dos maiores compradores dos escravos vendidos em Benin, que, por sua
vez, importava escravos de outras regiões da África, sobretudo do Norte, que
era controlado por muçulmanos, para revendê-los aos europeus.
Reino de Zimbábue
Os
Khoisan foram os colonos originais e dominaram a região até a chegada dos
bantus, no século IX, que ao longo dos séculos XIII e XIV, criaram o Império
Monomotapa, cujo centro está situado nas ruínas de Grande Zimbábue. Quando em
1607 o monarca do Estado concede aos portugueses a exploração do subsolo da
área, ela já se encontrava em declínio, que, em um outro tempo, graças às suas
minas ouro e ao comércio de escravos chegou a manter um comércio constante com
a costa do Oceano Índico.
Comentários dos alunos sobre as consequências da
descriminação e exclusão da economia açucareira:
Podemos dizer que a escravidão
é uma das principais consequências da exclusão e a discriminação. Como sabemos,
os colonizadores consideravam toda a população africana como
"inferiores" e "selvagens”. Nenhuma coletividade humana foi mais
inferiorizados do que os negros depois do século XV. Durante esse tempo, na
Europa, os teólogos debatiam a uma questão um tanto que desumana. Eles
questionavam a de os negros possuíam alma. Neste sentido é importante lembrar
que, os negros e deus descentes não possuíam direito algum antes da abolição da
escravatura. Não somente os escravos negros, mas os que possuíam doenças dentre
outros. (Michellim Arruda Proença);
Os Portugueses, tinham
interesse em ganhar recompensas, e com isso, começaram a fazer negócio com os
líderes dos escravos. As recompensas era armas, especiarias, e principalmente o
tecido, entre outros. Os Portugueses tinha um número maior de escravos, por
isso se dedicou ao tráfico de escravos.
Havia os escravos
domésticos, e os escravos produtivos. E por isso os senhores faziam questão de
trocar seus "bens" por escravos. E sempre eles eram tratados como uma
raça inferior. Pois trabalhava para os senhores, que era de condições melhores.
(Michelly do Rosário Camargo);
A
escravidão era uma delas, os colonizadores da época consideravam a população
negra inferior à eles, e os julgavam como selvagens, e até hoje sentimos esses
reflexos, na nossa desigualdade social. (Pedro Henrique R. Ximenes)
Os portugueses negociam os líderes
das tribos e então negociavam suas próprias populações, e a recompensa que
recebiam era, armas, tecidos, especiarias e entre outros, com essa negociação
houve mais lucros aos portugueses então começaram trazer mais africanos. Todo
esse processo fez a sociedade em geral que os africanos fossem julgados como
raça inferior. (Thaynara Ramos da Silva).
Imensidade e diversidade são dois termos
que aplicam a África
Diversificação do Continente a Africano que se expandiu pelo mundo
A África
possui uma diversidade gigantesca, por exemplo, o artesanato, a capoeira, a culinária,
as danças, as religiões. Que se expandiram no século XV com os europeus, através
dos "escravos" que foram forçados a deixarem seus países . O tamanho da África não se
compara com tanto sofrimento sobre um olhar de uma criança que passa por
necessidades diariamente.
Referências
http://cursohumanitas.blogspot.com.br/2012/05/africa-antes-e-depois-do-seculo-xv.html
http://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/reino-de-gana.htm
http://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/reino-de-gana.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/o-reino-congo.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Mali
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Mali
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/reino-benin.htm
http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/05/historia-do-zimbabue.html
https://www.youtube.com/watch?v=kS9r6BqfcYw
http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/05/historia-do-zimbabue.html
https://www.youtube.com/watch?v=kS9r6BqfcYw
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